terça-feira, 8 de abril de 2014

O Rito Escocês Retificado (RER)



O Regime Escocês Retificado (RER) é um rito maçônico cuja principal característica é dar um ensinamento iniciático, explicitamente anunciado ao longo do progresso do iniciado nesse Regime. O ensinamento fundamenta-se na doutrina cristã tradicional, o qual incita o homem, que é imagem de Deus, a reencontrar essa semelhança original com seu Criador, por meio de símbolos, palavras e discursos. Assim, ao mesmo tempo em que seus membros avançam na via iniciática, são-lhes transmitidos um ensinamento teórico em forma de discurso pedagógico em relação com essa mesma iniciação.
Essa doutrina de iniciação maçônica está intrinsecamente ligada à natureza e destino do homem e em perfeito acordo com o cristianismo que lhe é conatural, permitindo a quem se liga à ela viver a plenitude do processo iniciático na completude da fé cristã.
Não é possível ser maçom do RER se o interessado não for cristão. Essa é a conditio sine qua non para ser iniciado em uma Loja Maçônica que pratica o Rito Escocês Retificado. O Código Maçônico das Lojas Reunidas e Retificadas nos informa: “Nenhum profano pode ser recebido franco-maçom se não professa a religião cristã”[1]. Assim, não há possibilidade de um não-cristão ser iniciado como maçom retificado se não afirmar sua condição de cristão.
A regra maçônica retificada incita seus membros a agradecerem sua condição de cristãos, afirmando que eles não podem se envergonhar dessa condição: “Dá, pois, graças a teu Redentor; prosterna-te ante o Verbo encarnado e bendiga à Providência que te fez nascer entre os cristãos. Professa em todo lugar a Divina Religião de Cristo e não te envergonhes de pertencer a ela. O Evangelho é a base de nossas obrigações; se não crês em Cristo deixarás de ser Maçom”.[2] Afirma, também que a iniciação maçônica faz da busca pelo estado de inocência, sua mola-mestra: “Cumprirás teu sublime destino, recobrarás essa semelhança divina que formava parte do homem em seu estado de inocência, que é o objetivo do Cristianismo e da qual a iniciação Maçônica faz seu objeto principal”.[3]
Origens Históricas
Do ponto de vista formal o RER possui três origens históricas como passaremos a discutir a seguir, sendo que do ponto de vista espiritual há duas fontes, ou melhor, duas fontes inspiradoras.
Em termos de estrutura e da simbologia, seja maçônica ou cavaleiresca, as três origens do RER são:
Selo - Elus Cohen (Coën)
Selo – Elus Cohen (Coën)
1º. A Maçonaria Francesa da época. Com uma intensa proliferação de muitos e diferentes graus (Willermoz[4]conhecia todos e já os havia praticado) e que, depois de depurados, foram reestruturados entre 1786-1787 pelo Grande Oriente da França em um sistema que receberá, mais tarde, o nome de “Rito Francês”, com seus três graus e quatro ordens; os diversos “altos graus” que existiam e proliferavam foram combinados, constituindo-se no que foi chamado “escocismo”, os quais também foram sintetizados por Jean Baptiste Willermoz.
2º. O sistema próprio de Martinez de Pasqually (personagem enigmático e mais inspirado [no sentido espiritual], que Willermoz, como também o era Louis-Claude de Saint-Martin, reconhecido por seu primeiro mestre), isto é, a “Ordem dos Cavaleiros Maçons Élus-Coën do Universo”. Willermoz, criador do RER era um dos principais membros da Ordem dos Élus-Coën.
3º. A “Estrita Observância Templária”, chamada agora “maçonaria retificada” ou “reformada de Desdre” (sistema alemão, cujo aspecto cavalheiresco prevaleceu absolutamente sobre o aspecto maçônico), pois se pretendia não ser somente a herdeira, mas a restauradora da antiga Ordem do Templo, extinta em 1312.
Regime Escocês Retificado: Conexões com a Ordem do Templo
De acordo com as decisões tomadas na Conveção das Gálias e confirmadas na Convenção de Wilhelmsbad, o Regime Escocês Retificado se afasta assim da Estrita Observância Templária, renunciando a uma filiação histórica com a Ordem do Templo, porém conservando uma filiação espiritual, ilustrada pela adoção, na mesma Convenção, da denominação de Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa (C.B.C.S.), com a intenção de fazer referência aos “Pobres Cavaleiros de Cristo” originais, e não à Ordem rica e poderosa que lhes sucedeu e que se tinha tornado em seus últimos dias.
Uma filiação espiritual
Por sua filiação espiritual, o Regime Escocês Retificado reivindica, tal como a Ordem do Templo, uma dupla qualidade, ou seja, cavaleiresca e religiosa. Essa dupla qualidade, que já aparece implicitamente no seio dos graus maçônicos e é conferido em plenitude pela Exaltação ao grau de Mestre, é implementada em um mundo que não é nem do Séc. XII ou do Séc. XVIII, por meio de sua natureza essencial, que permanece inalterada, pois consiste na prática cotidiana e universal das virtudes teologais de fé, esperança e caridade. Isso se exprime nos deveres impostos, não somente aos C.B.C.S., mas aos maçons retificados, desde o grau de Aprendiz, de defenderem a “santa religião cristã” e do exercício da beneficência para todos, particularmente para os mais fracos e pobres.
Em seu início, o RER vai repetir, depois das adaptações decididas nos Convenções das Gálias e de Wilhelmsbad, a divisão administrativa que a Estrita Observância havia reconstruída a partir da antiga Ordem do Templo. De acordo com essa divisão, o território francês foi repartido em três províncias: a 2ª formada por Auvergne e Lyon, a 3ª por Occitânia e Bordeaux e a 5ª por Borgonha e Estrasburgo[5]:
No Séc. XVIII coexistiam uma dupla hierarquia, dirigida pelos mesmos dignitários, porém sob denominações diferentes, objetivando evitar confusões entre a classe simbólica ou Ordem Maçônica (Regime Escocês Retificado) e a Ordem Cavaleiresca (Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa). Essa distinção fundamental subsiste até hoje no seio do Regime Escocês Retificado.
Jean Baptiste Willermoz
Jean Baptiste Willermoz
Estruturas
Partindo de suas raízes formais e doutrinárias, Willermoz deu a seu sistema ou regime uma arquitetura concêntrica, organizando-o em três sucessivas “classes” cada vez mais interiores e ao mesmo tempo mais secretas, de maneira que quanto mais interna mais secreta ela era para os que estavam nas “classes” anteriores. Além disso, duplicou o tempo em que os iniciados deveriam permanecer em cada grau, de forma a ter condições de dar um ensinamento progressivamente mais preciso e explícito, por meio de instruções que são parte integrante do ritual de cada grau.
Uma arquitetura concêntrica
O projeto de arquitetura concêntrica dada ao Regime Escocês Retificado foi oficialmente aprovado em duas etapas. Inicialmente o plano nacional em França, levado a cabo na Convenção das Gálias (novembro a dezembro de 1778), ratificou, entre outros, o Código Maçônico das Lojas Reunidas e Retificadas, bem como o Código da Ordem dos Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa; já no plano europeu, por meio da Convenção de Wilhelmsbad, ocorrida na Alemanha entre agosto e setembro de 1782, realizada sob a presidência do Duque Ferdinand de Brunswick-Lunebourg e do Príncipe Charles de Hesse, principais dirigentes da Estrita Observância Templária, reuniram-se para o que foi chamado na época de “Reforma de Lyon” e acompanharam as mesmas decisões tomadas em França.
Duas classes ostensivas e uma “secreta”
Em sua estrutura original, o Regime Escocês Retificado comporta três classes, duas ostensivas e uma “secreta”:
- Primeira Classe: Ordem Maçônica (RER propriamente dito)
A classe simbólica ou Ordem Maçônica, na qual é conferida e conduzida a seu termo a iniciação maçônica. Essa classe é subdividida em quatro graus: três práticos, desenvolvidos em Lojas de São João, conhecidas por Lojas Azuis por causa da cor de suas decorações; e o grau de Mestre Escocês de Santo André, praticado nas Lojas de Santo André ou Lojas Escocesas, conhecidas por Lojas Verdes pelas mesmas razões anteriores. À chegada nesse quarto grau, a iniciação maçônica ainda permanece incompleta. A cerimônia de recepção a esse grau recapitula e completa o conteúdo iniciático e doutrinal dos graus precedentes, conduzindo o iniciado à sua completude maçônica. Ao Mestre Escocês de Santo André é dado contemplar tudo o que o espera até sua reintegração na Jerusalém celeste, objetivo final da iniciação cristã.
Esses quatro graus são os fundamentos para a reconstrução interior do homem, visando ao aprofundamento da fé e à prática assídua das virtudes cristãs. Ao ser exaltado como Mestre Escocês de Santo André o Iniciado atinge o nível necessário de realização espiritual, provando que realmente concretizou a iniciação maçônica, podendo ter acesso, assim, à Ordem interior.
- Segunda Classe: Ordem Cavaleiresca (Cavaleiros Benfeitores da Cidade Santa)
A Ordem interior é uma Ordem de cavalaria cristã. Ela não é de forma alguma equiparável a um sistema de altos graus, nem a um sistema de graus filosóficos. É evidente que não é, tampouco, a Ordem do Templo restabelecida, algo que a Convenção de Wilhelmsbad já havia vigorosamente rejeitado e condenado.
Assim, a Ordem interior comportaria duas etapas:
- A primeira é uma etapa preparatória e transitória: o Escudeiro Noviço. A qualidade de Escudeiro Noviço é conferida pela cerimônia do recebimento do hábito (investidura). Essa qualidade é, no entanto, revogável. De fato, o Escudeiro Noviço tem, como única tarefa, durante dois anos ou mais, preparar-se para se tornar um Cavaleiro; porém, se ele se revela inapto a adquirir essa qualidade pode até, como prescrito no código dos C.B.C.S., ser rebaixado e voltar a ser Mestre Escocês de Santo André. A preparação do Escudeiro Noviço permite ao iniciado confirmar e fortalecer sua fé em Cristo, em consonância com os fundamentos que já adquiriu na classe simbólica. Somente após provar que a fé cristã está instalada em seu coração é que ele pode ascender à Cavalaria Cristã.
Faixa - Mestre de Santo André
Faixa – Mestre de Santo André
Avental - Mestre de Santo André
Avental – Mestre de Santo André
- A segunda etapa é a do Cavaleiro Benfeitor da Cidade Santa. Não é um grau, mas uma qualidade conferida por cerimônia celebrada pelo Grão-Mestre Nacional, Grão-Prior ou um Visitante Nacional designado pelo Grão-Mestre Nacional para isso. Essa cerimônia é, com certeza, uma revisitação das cerimônias de cavalaria medievais. O Cavaleiro tem, como seus Irmãos da Idade Média, o dever de trabalhar ativamente na Ordem e no mundo a fim de colocar em prática os ensinamentos morais, religiosos e doutrinais recebidos nas Lojas de São João e de Santo André, os quais não abandonará, ao contrário, mais do que nunca, devotar-se-á ao serviço de seus irmãos e de todos os homens, em particular pelo exercício da beneficência.
O C.B.C.S. põe em prática a beneficência, por meio de ferramentas espirituais que foram consolidadas desde a classe simbólica. É assim como o C.B.C.S. materializa a caridade (no sentido que lhe dão explicitamente os Evangelhos) para com seus Irmãos e para com a sociedade. A caridade assim entendida, base doutrinal de todo o cristianismo, é o meio pelo qual o maçom retificado se acerca desde sua iniciação à reintegração com o Pai.
- Terceira Classe: a Professão
Essa classe é secreta. Os C.B.C.S. que a compõem são divididos em duas categorias: os Professos e os Grão-Professos, os quais são reunidos em Colégios Metropolitanos. Possuem um comprometimento total com a Ordem, sem exercer, enquanto Professos e Grão-Professos, funções de responsabilidade ou de direção administrativas, mas se voltarem ao aprofundamento, pelo estudo e meditação, da doutrina exposta nos textos (instruções secretas) conservados pelo Colégio Metropolitano, tomando a seu cargo vivificar a Ordem tanto pelo seu conhecimento como pelo seu exemplo de vida.
Essa classe, cuja existência foi oficialmente reconhecida pela Constituição do Grão-Priorado das Gálias, continua suas atividades de forma discreta e seus membros são desconhecidos, a não ser para eles mesmos.
O trabalho dos Professos é o estudo da doutrina, assim como a oração prática e contemplativa. Assim, a classe secreta se converte no verdadeiro espírito da Ordem.
O Regime Escocês Retificado hoje
Até 1958, o Grão-Priorado das Gálias dirigia a Ordem interior, entretanto somente uma Grande Loja Escocesa poderia conferir os quatro graus maçônicos nas Lojas de São João e de Santo André.
Na Convenção datada de 07 de julho de 1958 o Grão Priorado das Gálias decidiu pela dissolução da Grande Loja Retificada e entregou a administração dos três primeiros graus à Grande Loja Nacional Francesa, sob a autoridade daquela colocou as Lojas de São João, com a declaração das partes signatárias que a prática desses graus se faria conforme o Código Maçônico das Lojas Reunidas e Retificadas de 1778, cuja validade foi, assim, formalizada (Artigo 1º da Convenção).
Quanto às Lojas de Santo André, artificialmente separadas das Lojas de São João às quais estavam anterior e intimamente unidas (que, sem dúvida, violou a coerência interna da classe maçônica), elas foram colocadas sob a autoridade de um Conselho Executivo Escocês dependente do Grão-Priorado das Gálias (Artigo 4º da mesma Convenção)
É essa organização que sobreviveu até Junho de 2000, data em que a Grande Loja Nacional Francesa rompeu unilateral e ilegalmente a Convenção de 1958, o que resultou em sua condenação pelos tribunais civis. O Grão Priorado das Gálias, em seguida, retomou, então, suas Lojas de São João e as reuniu às Lojas de Santo André restituindo, dessa forma, sua conexão com a classe maçônica. As duas províncias históricas foram postas em atividade. O Grão Priorado das Gálias voltou, assim, a praticar os três sistemas em sua integralidade: o Regime Escocês Retificado, o Rito Escocês e o Rito Francês, constituindo-se em uma obediência sob o nome manifestamente claro de sua especificidade: Ordem dos Cavaleiros Maçons Cristãos da França.
Joia - Cavaleiro Noivço
Joia – Cavaleiro Noivço
Retorno às Fontes
Sob essa organização o Rito Escocês Retificado recuperou sua coerência inicial: cada Loja de São João se reporta a uma Loja de Santo André, sendo que esta se reporta a uma Comendadoria. O Venerável Mestre e os Vigilantes de uma Loja de São João são, necessariamente, Mestres Escoceses de Santo André. Na Loja de São João, todos os Irmãos portam as insígnias maçônicas correspondentes ao seu grau, até mesmo os Mestres Escoceses, com certos elementos que indicam sua pertença à Ordem interior.
Na Loja de São João o Mestre Adjunto é necessariamente o Comendador da Comendadoria à qual se reporta sua Loja Escocesa. Nos limites dessa Província, a Ordem interior é dividida em prefeituras e comendadorias e a Ordem Maçônica Retificada em Regências Escocesas reunindo as Lojas de Santo André e de São João.
A prefeitura é dirigida por um Prefeito, o qual agrupa várias comendadorias reunidas de C.B.C.S. e de Escudeiros Noviços. A Comendadoria é dirigida por um Comendador que assegura a formação dos Escudeiros Noviços em vista de sua preparação para o recebimento de seu hábito. A Regência Escocesa é dirigida por um Mestre Adjunto da Regência que, salvo alguma exceção, é o Prefeito, o qual assegurará o desempenho adequado dos trabalhos das Lojas de Santo André e de São João, sob sua jurisdição e de acordo com as diretivas do Grão Mestre Nacional e de seu Conselho.
Sob a obediência do Grão Mestre Nacional e abaixo do Grão Mestre Adjunto, Mestre Geral das Lojas de São João e de Santo André, o Regime é governado pelo Grão-Prior da Ordem dos C.B.C.S. para a classe nobiliárquica e pelo Mestre Adjunto Geral para a classe maçônica.
Enquanto se aguarda a reconstituição das administrações provinciais, cada província é diretamente ligada à Grã-Chancelaria Geral, as quais estão sob a responsabilidade de um Visitante Nacional que lhe são particularmente vinculadas. Ele reúne as instituições da Ordem sejam qual forem seus Ritos.
O Grão-Priorado das Gálias reconhece os Grão-Priorados Retificados que compartilham seus princípios e é este o caso do Grão-Priorado d’Hispania, criado e reconhecido por ele.
O Grão-Priorado das Gálias está, igualmente, em amizade com muitas obediências e mais particularmente com Lojas ou Capítulos que praticam o Regime Escocês Retificado. Podemos citar:
- Os Grão-Priorados Unidos das Três Províncias e a Loja Nacional Francesa;
- O Grão Priorado Independente da França e o Grande Oriente da França;
- O Grão-Priorado d’Hispania; e
- O Grão-Priorado da Lotaríngia.
Princípios
Para concluir, devemos lembrar que o Regime Escocês Retificado destina-se a manter e reforças, não somente nas Ordens interiores, mas também nas Lojas Maçônicas os princípios que são a sua base:
- A fidelidade à Santa Religião Cristã, fundada sob a fé na Santa Trindade;
- O compromisso com os princípios e tradições, tanto maçônicas quanto cavaleirescas, tendo por resultado o aprofundamento da fé cristã pelo estudo e prática da doutrina esotérica cristã ensinada no seio da Ordem;
- O aperfeiçoamento de si mesmo pela prática das virtudes cristãs com o intuito de vencer suas paixões, corrigir seus defeitos e progredir na via da realização espiritual;
- O devotamento à Pátria e ao serviço de outras pessoas; e
- A prática constante de uma beneficência ativa e esclarecida para com todos os seres humanos, não importando sua raça, nacionalidade, situação financeira, religião ou suas opiniões políticas ou filosóficas.
Assim, como já foi escrito anteriormente, a realização espiritual que o Regime Escocês Retificado oferece para cada um de seus membros, fornece-lhes os meios para tornarem-se novamente um verdadeiro homem, templo de Deus, uno em três pessoas (Pai, Filho e Espírito Santo).
As fontes Espírituais
As duas fontes espirituais do Regime Escocês Retificado são:
- A doutrina esotérica de Martinez de Pasqually, que versa sobre a causa primeira, a condição atual do homem e sua destinação última, bem como a do Universo.
- A tradição cristã indivisível, alimentada pelos ensinamentos dos Padres da Igreja, tendo por base a fé na Santíssima Trindade e na humanidade divina de Jesus Cristo.
Em que pese alguns afirmarem o contrário, essas duas doutrinas não só não se contradizem, mas ao contrário, corroboram-se entre si. Todos os textos comprovam a perfeita ortodoxia, tendo em conta todas as denominações cristãs, do Regime Escocês Retificado, que se ocupa não do que divide os cristãos, mas sim do que os reúne.
A regra Maçônica
A regra maçônica aprovada na Convenção de Wilhelmsbad (1782), nomeada como Código Geral da Ordem dos C.B.C.S. traz[6]:
Artigo 1º – Deveres para com Deus e para com a Religião Cristã;
Artigo 2º – Imortalidade da Alma Humana;
Artigo 3º – Deveres para com os Governantes e com a Pátria;
Artigo 4º – Deveres para com a humanidade em geral;
Artigo 5º – Beneficência;
Artigo 6º – Deveres morais para com os seres humanos;
Artigo 7º – Perfeição Moral de si mesmo;
Artigo 8º – Deveres para com os Irmãos;
Artigo 9º – Deveres para com a Ordem

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